Como fazer um e-commerce para farmácia de manipulação?
No Brasil e no mundo comprar pela internet já passou de uma tendência e tomou proporções muito maiores que do imaginávamos há anos. E desde o início da pandemia, com a onda de fechamento dos comércios e a necessidade de isolamento social, comprar em um e-commerce é a solução de muitos consumidores para não deixarem as compras de lado.
Segundo dados do relatório Neotrust (desenvolvido pela Compre & Confie), só no primeiro trimestre de 2021 as vendas no e-commerce tiveram alta de 57,4% em comparação ao mesmo período de 2020. Isso mostra a força que o e-commerce vem tomando, cada vez mais.
Além disso, um outro fator influencia muitos negócios a apostarem em lojas virtuais: abrir mais um espaço físico demanda mais tempo, um processo burocrático e custos infinitamente mais altos com colaboradores e despesas do local.
Por isso, não dá para menosprezar o poder da internet. Conciliar entre loja física e e-commerce é o caminho que muitas farmácias estão adotando.
Regras para e-commerce de farmácias de manipulação
No caso de farmácias de manipulação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) coloca algumas regras para vendas de medicamentos online. A primeira, e mais importante, é que somente as farmácias com lojas físicas podem comercializar seus produtos no e-commerce.
Toda farmácia de manipulação precisa ter o domínio “.com.br” para o processo de compra, e na página principal é necessário conter a razão social da empresa, nome fantasia, CNPJ, endereço, horário de atendimento, autorização de funcionamento e nome do farmacêutico representante.
A legislação em vigor proíbe estoque de produtos, fazer vendas através de redes sociais, vender MIPs sem apresentação da prescrição e dar nomes comerciais para as formulações. Também reforça que os medicamentos sob prescrição só devem ser liberados a partir da apresentação da receita.
Também é necessário que a farmácia coloque um farmacêutico à disposição 24 horas, de forma online, para tirar as dúvidas dos clientes sobre posologia e interações medicamentos a qualquer momento do dia.
Para saber mais, é importante consultar a RDC 44/09 de 17 de agosto de 2009, uma legislação farmacêutica que estabelece os critérios e as boas práticas farmacêuticas, com informações às farmácias e drogarias sobre as regras para o comércio de medicamento, incluindo a venda online dos produtos.
Dicas para impulsionar seu e-commerce
Para começar seu e-commerce, é importante pensar no atendimento. Como você disponibilizará um canal direto para falar com os clientes? Em seu site você pode disponibilizar chat e SAC online 24 horas, além de dar atenção aos questionamentos que irão surgir pelas redes sociais. O WhatsApp Business é outro meio de comunicação que os consumidores já estão acostumados a usarem.
Já no site, a experiência do usuário também é muito importante. Aposte na fácil navegação, segurança e usabilidade. Quando um cliente acessa seu site e consegue visualizar os produtos de forma rápida, há mais chances de ficar satisfeito com a compra.
Ao escolher uma plataforma para seu e-commerce, ela precisa ser responsiva, ou seja, se adequar tanto para quem compra pelo computador ou pelo celular, já que a maioria das pessoas estão conectadas diariamente pelo mobile.
Outro ponto específico é a entrega dos medicamentos. Se o seu e-commerce é focado na região da sua loja física, conte com um motoboy para as entregas expressas. Já se você possui linhas especiais de produtos, comece a pensar na logística dos correios e transportadoras.
Com as vendas online, você consegue expandir seu portfólio de produtos, focar até em linhas de cosméticos, de higiene e acessórios. Esses produtos podem tornar seu e-commerce mais rentável, junto com seus produtos farmacêuticos.
Sendo assim, por que não investir em um novo passo para seu negócio?